O Governo do Distrito Federal oficializou a criação da Câmara Setorial da Cadeia da Cafeicultura no DF (CS-CAFE/DF), por meio da Portaria 169, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quarta-feira (14). Vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri/DF), a CS-CAFE/DF atuará como órgão consultivo, com a missão de promover debates, acompanhar ações e propor políticas públicas voltadas ao fortalecimento da cafeicultura na região.
Além de promover a organização do setor, a câmara buscará integrar informações técnicas, propor ações de capacitação, apoiar a inovação na produção e fomentar mercados especializados e de exportação. O regimento interno da CS-CAFE/DF deverá ser elaborado em até 90 dias, e a presidência será eleita pelos próprios membros, com mandato de um ano, renovável.
“A cafeicultura no Distrito Federal vive um momento de expansão e valorização. O crescimento do número de produtores e da área cultivada é reflexo direto do empenho dos cafeicultores e do apoio técnico oferecido pelo Governo do Distrito Federal, por meio de instituições como a Seagri-DF e a Emater-DF. Estamos trabalhando para consolidar o DF como referência nacional em cafés especiais, aproveitando nossas condições únicas de clima e altitude”, destacou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno.
Alinhada ao modelo das câmaras setoriais do Ministério da Agricultura (Mapa), a CS-CAFE/DF funcionará como um fórum permanente de articulação entre o poder público e a iniciativa privada, promovendo o diálogo entre os diferentes elos da cadeia produtiva para fortalecer o café do DF como produto de identidade regional.
A nova Câmara contará com representantes titulares e suplentes de órgãos como a Seagri, a Emater-DF, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-DF), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-DF) e o Sebrae. Também integram a iniciativa entidades do setor produtivo e da indústria, como a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o coletivo Paranoá Cafés Especiais, a ELO Rural e microtorrefações locais.
As principais regiões produtoras estão no PAD-DF, Núcleo Rural Tabatinga, Gama, São Sebastião e Paranoá. Produtores já conquistaram reconhecimento e premiações nacionais, evidenciando o potencial de qualidade do café brasiliense. Além disso, o setor mira a conquista de uma indicação geográfica, que poderá posicionar o DF como referência em cafés diferenciados.
“O café cultivado no Distrito Federal é um orgulho para todos nós. Temos produtores dedicados, tecnologia no campo e agora um reconhecimento cada vez maior da qualidade dos nossos grãos”, afirmou o subsecretário de Políticas Econômicas Agropecuárias, Antônio Barreto.
Café no DF
A cafeicultura do Distrito Federal tem se destacado cada vez mais no cenário agrícola nacional. Em 2024, o Distrito Federal dedicou aproximadamente 440 hectares ao cultivo de café, envolvendo entre 100 e 116 produtores. Com uma produtividade média de 50 a 60 sacas por hectare — o dobro da média brasileira, que é de 26 sacas — a safra local alcançou entre 22 mil e 26,4 mil sacas de 60 quilos. Já no cenário nacional, a safra de café de 2024 no Brasil fechou com uma produção estimada de 54,2 milhões de sacas, conforme o 4º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicado em janeiro de 2025.
*Com informações da Seagri
Por Agência Brasília
Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília / Reprodução Agência Brasília