Economist: Lula perde influência externa e enfrenta impopularidade

Em artigo publicado nesse domingo (29/6), o jornal inglês The Economist avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perdeu influência no cenário internacional neste terceiro mandato, e chama a atenção para a queda de popularidade interna do petista.

O texto critica a proximidade de Lula com China e Rússia, diz que o Brasil parece “cada vez mais hostil ao Ocidente” e elenca dificuldades no relacionamento com países vizinhos.

Para a publicação, sinais desse distanciamento do Brasil com o Ocidente ficaram evidentes na nota divulgada no último 22 de junho, em referência ao ataque dos Estados Unidos contra o Irã, em meio ao acirramento das tensões no Oriente Médio. Na ocasião, o governo brasileiro condenou “com veemência” a ação norte-americana.

“Essa linguagem agressiva colocou o Brasil em desacordo com todas as outras democracias ocidentais, que ou apoiaram os ataques ou apenas expressaram preocupação”, destaca a publicação.

O jornal também considera que o Brics, atualmente sob a presidência brasileira, foi transformado em uma plataforma para a China expandir sua influência política e a Rússia legitimar a ação militar contra a Ucrânia. “Originalmente, ser um membro [do Brics] ofereceu ao Brasil uma plataforma para exercer influência global. Agora, faz o Brasil parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”, pontua o The Economist.

O texto ainda critica o que chamou de falta de esforço de Lula em estreitar laços com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde que o republicano assumiu o mandato, enquanto faz gestos a Xi Jinping e Vladimir Putin.

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“Não há registro de que os dois [Lula e Trump] se tenham encontrado pessoalmente, tornando o Brasil a maior economia cujo líder não apertou a mão do presidente americano. Em vez disso, Lula corteja a China.”

Por fim, o jornal considera que a “fraqueza no cenário mundial é agravada pela queda na popularidade de Lula em casa”. A publicação cita dados de pesquisas recentes que apontam redução na aprovação do petista e atribui o cenário à corrupção e aos índices econômicos.

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