Sem provas suficientes, Moraes atende PGR e arquiva caso das vacinas contra Bolsonaro

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis sobre suposta fraude em certificados de vacinação da Covid-19. A decisão atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) justificou o arquivamento alegando a inexistência de provas que confirmassem a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Apesar disso, a delação continua válida e foi utilizada em outras investigações, como a da tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é réu.

Argumentação da PGR

Gonet ressaltou que a PGR não descarta a ocorrência do crime, mas destacou que, conforme a legislação, não há provas que corroborem a delação.

A Polícia Federal (PF) constatou que dados falsos foram inseridos na carteira de vacinação de Bolsonaro e posteriormente apagados do sistema do Ministério da Saúde. Em razão disso, a PF indiciou Bolsonaro, Gutemberg Reis, Mauro Cid e mais 14 pessoas pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema de saúde.

No entanto, a PGR declarou não haver evidências de que Bolsonaro tenha ordenado a fraude. Quanto ao deputado Gutemberg Reis, a Procuradoria apontou que há indícios de que ele tomou a vacina e incentivou a imunização em suas redes sociais.

Declarações de Mauro Cid

Em sua delação premiada, Mauro Cid afirmou que Bolsonaro teria solicitado a falsificação de seu cartão de vacina e do de sua filha, Laura. Segundo o depoimento, Bolsonaro teria dito: “Faz pra mim e pra Laura”.

Apesar do relato de Cid, a ausência de provas levou a PGR a não apresentar denúncia contra Bolsonaro no caso da fraude nos cartões de vacinação.

Credito: TV Globo — Brasília

Fotos: André Coelho/Bloomberg via Getty Images

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