Secretário de Economia do DF é absolvido da acusação de corrupção e condenado por lavagem

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A sentença é da 2ª Vara Criminal. Governador Ibaneis apontou “contradição” em condenação por lavagem junto à absolvição de corrupção

O juiz da 2ª Vara Criminal de Brasília, Márcio Evangelista Ferreira da Silva, absolveu o secretário de Economia do Distrito Federal, Ney Ferraz Júnior, da acusação de corrupção e o condenou por lavagem de dinheiro, em sentença expedida no dia 30 de janeiro de 2025.

O secretário havia sido acusado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) de corrupção no credenciamento e na alocação de recursos do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev), à época em que era presidente, nos fundos e títulos públicos agenciados pela Grid. O MPDFT também apontou ocultação de valores obtidos por meio de supostas irregularidades com a empresa Koin Agente Autônomo Investimentos. Na sentença, o juiz afirmou que não há provas suficientes para a condenação em relação aos crimes de corrupção ativa e passiva.

“No presente caso, não há nenhuma comprovação de que os denunciados, vinculados à empresa contratada pelo Iprev, tenham oferecido ou entregue vantagem indevida ao então presidente e diretor do Iprev, tampouco há demonstração de que os denunciados tenham solicitado ou auferido vantagem indevida, para beneficiar terceiros, tendo como contrapartida a contratação da empresa, em razão do seu cargo”, escreveu o magistrado.

Em relação à acusação de lavagem de dinheiro, o magistrado condenou o secretário com base na constatação de que Ney Ferraz e a esposa, Emanuela Ferraz, fizeram depósitos fracionados e pagamento de boletos com dinheiro em espécie. Márcio Evangelista apontou “probabilidade elevada da ilicitude das transações” e os condenou à pena de seis anos de prisão em regime semiaberto.

Crédito: Isadora Teixeira, Metrópoles

Foto: Divulgação Metrópoles

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