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Dois irmãos foram presos em flagrante nesta quarta-feira (21) na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, acusados de ocultar o corpo do próprio pai, que já se encontrava em avançado estado de decomposição. Segundo a Polícia Civil, os restos mortais estavam na residência da família, no bairro do Cocotá, e a suspeita é de que a motivação do crime tenha sido a continuidade no recebimento de benefícios financeiros do idoso.
Os presos foram identificados como Marcelo e Tania D’Ottavio. A vítima, Dario D’Ottavio, tinha 88 anos e estava desaparecido havia vários meses, de acordo com relatos de vizinhos. As denúncias sobre o sumiço levaram policiais da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador) a investigar o caso.
Cumprindo um mandado de busca e apreensão no endereço da família, os agentes localizaram o corpo já em estado de esqueletização, indicando que a morte teria ocorrido há pelo menos seis meses. A cena chocou os investigadores, que agora buscam esclarecer as circunstâncias da morte do idoso.
“Os indícios apontam que os filhos mantiveram o cadáver oculto por meses para continuar recebendo pensões e outros recursos vinculados à vítima”, informou a Polícia Civil em nota.
A investigação segue em andamento. Exames periciais estão sendo realizados para determinar a causa da morte e o tempo exato do falecimento. O caso levanta preocupações sobre crimes patrimoniais cometidos contra idosos e reforça o papel das denúncias anônimas na elucidação de crimes ocultos.
Da redação Estrutural On-line
