Ibaneis assina contratos para construção de 6 novas UPAs; confira os locais

Divulgação/IgesDF

GDF anuncia construção de seis novas UPAs com investimento de R$ 117 milhões

Unidades de pronto atendimento serão erguidas em regiões estratégicas para ampliar acesso à saúde e gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos no DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) formalizou, na noite da última quarta-feira (4), os contratos para a construção de seis novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). O investimento total é de R$ 117 milhões, considerado o maior já realizado na ampliação da rede de urgência e emergência do DF nos últimos anos.

As futuras unidades de saúde serão instaladas nas regiões do Sol Nascente/Pôr do Sol, Taguatinga Sul, Estrutural, Água Quente, Guará e Águas Claras. Uma sétima UPA, prevista para Arapoanga, ainda aguarda assinatura contratual após a desistência da empresa vencedora da licitação; a segunda colocada será convocada nos próximos dias.

“Estamos estruturando a rede de saúde com mais qualidade e abrangência. Essas novas unidades atenderão cidades que ainda não contavam com esse tipo de serviço”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. Segundo ele, o DF atende uma população local estimada em 3 milhões de habitantes, além de receber cerca de 2 milhões de pacientes vindos do Entorno.

As obras, sob responsabilidade do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), serão executadas simultaneamente por quatro empresas, seguindo um cronograma que prevê repasses conforme o avanço dos trabalhos. A expectativa é de que cada UPA gere entre 100 e 150 empregos diretos, além de 300 a 400 postos indiretos, o que representa até 1.050 contratações diretas e 2.800 indiretas no total.

As unidades serão classificadas como porte 3 — a maior categoria estabelecida pelo Ministério da Saúde — e terão área construída de 2.632 m². Serão 65 leitos por unidade, divididos entre atendimento adulto e pediátrico, além de consultórios, salas de estabilização, laboratório, farmácia, brinquedoteca, serviço de imagem e áreas de apoio aos profissionais.

Os projetos foram desenvolvidos utilizando a metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), que permite antecipar interferências técnicas e otimizar os processos, reduzindo custos e erros. “Esse modelo proporciona decisões mais rápidas e acompanhamento preciso da obra”, explicou o vice-presidente do IgesDF, Rubens Pimentel Júnior.

As novas UPAs também terão soluções sustentáveis, como painéis solares, climatização com renovação de ar, sistemas elétricos com redundância e usinas de ar comprimido medicinal, garantindo funcionamento contínuo mesmo em caso de queda de energia. Todas as estruturas foram aprovadas pela Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde.

A escolha das localidades levou em conta estudos técnicos da SES-DF, que analisaram demanda populacional e lacunas de cobertura. O objetivo é oferecer atendimento próximo à residência da população, desafogando hospitais e outras unidades já existentes. “Essa é uma transformação na rede de urgência e emergência”, declarou o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro.

Além das obras, o IgesDF já planeja os processos seletivos para contratação das equipes que atuarão nas unidades. A meta é entregar as UPAs prontas para funcionar, com profissionais treinados e estrutura completa para atendimento imediato.

As UPAs são fundamentais no atendimento de urgência e emergência, atuando como elo entre as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e os hospitais. Casos como fraturas, infecções, cortes, febres persistentes, crises hipertensivas e sintomas respiratórios poderão ser atendidos diretamente nessas novas estruturas, equipadas com exames como raio-X, eletrocardiograma e laboratório básico.

Atualmente, o DF possui 13 UPAs sob a gestão do IgesDF. Com a entrega das novas unidades, esse número passará para 20, todas com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias da semana.

“O que estamos fazendo vai além da infraestrutura. Estamos entregando cuidado, dignidade e acesso à saúde onde ele é mais necessário”, finalizou Cleber Monteiro.

Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF).