Ex-diretor do INSS depõe à CPMI sobre desvio bilionário na Previdência

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Ex-diretor do INSS depõe à CPMI sobre desvio bilionário na Previdência Alexandre Guimarães será ouvido nesta segunda (27/10) por suspeita de…


Ex-diretor do INSS depõe à CPMI sobre desvio bilionário na Previdência
Alexandre Guimarães será ouvido nesta segunda (27/10) por suspeita de ligação com esquema que desviou mais de R$ 6 bilhões do INSS, segundo a Polícia Federal

Para os membros da comissão, o depoimento do ex-diretor de Governança Alexandre Guimarães é considerado fundamental para entender a teia de irregularidades revelada pela Operação Sem Desconto – (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve nesta segunda-feira (27/10) o ex-diretor de Governança, Planejamento e Inovação Alexandre Guimarães, apontado por investigadores como uma das peças-chave para esclarecer o desvio de recursos que pode ultrapassar R$ 6,3 bilhões. A reunião está marcada para as 16h, no plenário 2 da Ala Nilo Coelho, no Senado.
A convocação foi aprovada após requerimentos de parlamentares de diferentes partidos — entre eles o senador Izalci Lucas (PL-DF) e os deputados Rogério Correia (PT-MG), Adriana Ventura (Novo-SP), Duarte Jr. (PSB-MA) e Sidney Leite (PSD-AM). Para os membros da comissão, o depoimento de Guimarães, nomeado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), é considerado fundamental para entender a teia de irregularidades revelada pela Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal.

Para Izalci, as investigações apontam uma possível ligação financeira entre o ex-diretor e o núcleo central do esquema. Segundo documentos anexados ao requerimento, Guimarães teria recebido R$ 313 mil de Antônio Carlos Camilo Antunes — conhecido como “Careca do INSS” —, apontado como o principal articulador das fraudes que atingiram aposentados e pensionistas em todo o país.

“É importante que Alexandre Guimarães explique, sob juramento, a relação que teve com Antônio Carlos Camilo Antunes e os pagamentos recebidos”, disse o senador. Ele também criticou a falta de medidas preventivas durante o período em que Guimarães esteve à frente da Diretoria de Governança do INSS, entre 2021 e 2023.Leia também: CPMI do INSS não pode virar inquérito de ocasião

As fraudes investigadas envolvem descontos indevidos em benefícios e operações suspeitas de empréstimos consignados, que podem ter causado prejuízos ainda maiores à Previdência Social. Estimativas da Polícia Federal indicam perdas superiores a R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024.
A CPMI do INSS, instalada em agosto, deve seguir os trabalhos até março de 2026. O objetivo é identificar responsabilidades e propor mudanças para evitar que esquemas semelhantes continuem drenando recursos do sistema previdenciário.

Crédito Correio Brazilense 

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