O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP 01/DF) afirmou nesta quinta-feira (22/5) que vai apurar, dentro das competências do órgão, a conduta de uma profissional flagrada arrastando um menino autista de 8 anos pelos pés. Ela foi presa, junto com uma fisioterapeuta, puxando uma criança que tentou fugir de uma clínica que fica na Feira dos Importados. Após o pagamento de uma fiança de R$3 mil as mulheres foram liberadas.
Em nota enviada ao Correio, o CRP-DF afirma que solidariza com a família do menino que sofreu maus-tratos e repudia qualquer ato de violência e violação de direitos humanos cometidos por psicólogos.
“O Conselho Regional de Psicologia (CRP 01/DF) vem se solidarizar com a família e a criança vítima da violência registrada na clínica localizada no Setor de Indústrias e Abastecimento, em Brasília, no dia 21 de maio. Nosso Conselho tomou conhecimento que o infeliz acontecimento envolveu uma profissional de Psicologia, e repudia de forma veemente qualquer ato de violência e de violação aos direitos humanos por parte de psicólogas”, afirma o texto.
O conselho afirma ainda que abrirá uma investigação para apurar todas as circunstâncias do caso. “O Conselho Regional de Psicologia se compromete com a comunidade do Distrito Federal a apurar o ocorrido dentro de nossas competências e, em caso de necessidade, acionar instituições competentes para extração de consequências adequadas ao infeliz acontecimento.
A investigação é sigilosa e, a depender do resultado da apuração, o profissional pode ter o exercício profissional suspensão ou até cassado. (Confira nota na íntegra ao final da matéria)
Entenda o caso
Duas mulheres foram presas nesta quarta-feira (21/5), após serem flagradas arrastando um menino autista de 8 anos pelas pernas em uma clínica de terapia localizada na Feira dos Importados. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, que realizou a prisão em flagrante pelo crime de maus-tratos, as suspeitas são uma psicóloga e uma fisioterapeuta, elas tem 26 e 36 anos, conforme registrado pela Polícia Civil.
A mãe do menino, Heloisa Iara denunciou o caso para a polícia e divulgou as imagens nas redes sociais. Através dos stories, ela afirmou que o filho faz tratamento na clínica três vezes por semana e nesta quarta-feira (21/5), o menino fugiu do local. “Hoje o Pedro estava na terapia, que é um lugar para ele ser cuidado. Mais uma vez deixaram ele fugir e ele foi tratado igual bicho. O que fizeram é um absurdo”, disse a mãe revoltada enquanto registrava ocorrência.
Por Jaqueline Fonseca do Correio Braziliense
Foto: Reprodução / Reprodução Correio Braziliense