Casal do Golpe: Líder da quadrilha e esposa enganaram vítimas no DF e lucraram milhões com bilhete premiado arruina moradora do DF em esquema do bilhete premiado: prejuízo de R$ 1,6 milhão
Um golpe cruel comandado por uma Casal do Golpe levou uma moradora do Distrito Federal a perder R$ 1,6 milhão e quase o próprio lar. O caso foi desvendado pela 11ª Delegacia de Polícia do Núcleo Bandeirante, que identificou a atuação de uma quadrilha vinda de São Paulo, especializada no antigo — mas ainda eficaz — golpe do bilhete premiado.
A investigação revelou que a quadrilha agia como uma verdadeira “família do crime”, com o líder Alexandre Noravetti, de 50 anos, à frente da operação. Casado com uma das comparsas presas, ele vivia com ela e os três filhos enquanto articulava os golpes. Alexandre era quem fazia o elo direto com as vítimas, criando uma relação de confiança que se estendia por semanas.
Drama no DF: vítima perdeu tudo
Entre as vítimas, uma moradora do DF foi levada a acreditar que estava diante de uma oportunidade única: comprar um bilhete supostamente premiado. Sem o valor total em mãos, ela recorreu a empréstimos e sacrifícios financeiros, levantando R$ 800 mil e acumulando dívidas impagáveis. Hoje, corre o risco de perder o próprio imóvel onde vive, enquanto os golpistas andavam em carros de luxo.
O golpe começava com uma abordagem sutil: uma mulher, fingindo ser do interior de Goiás, dizia estar perdida no Riacho Fundo e pedia ajuda. Logo em seguida, Alexandre surgia, como quem passava por acaso, e passava a encenar o restante da fraude, garantindo a veracidade do bilhete premiado.
Quadrilha faturou R$ 3 milhões e comprou carrões
Somente com as quatro vítimas iniciais da investigação, o grupo lucrou cerca de R$ 3 milhões. Com o dinheiro, compraram ao menos quatro veículos de luxo, além de dois outros carros utilizados na ação criminosa. O estilo discreto da quadrilha impedia a ostentação nas redes sociais, mas o patrimônio chamava atenção:
-
Dois Porsches — modelos Boxster Spider e Macan
-
Um Jaguar
-
Uma Mercedes-Benz
-
Um Dodge Journey
-
Um Ford Fusion
-
Um Hyundai Creta
Todos os veículos foram apreendidos e levados para o pátio da delegacia. O Tribunal de Justiça do DF determinou fiança de apenas R$ 5 mil para a liberação dos presos, que já estão soltos. Os carros deverão ser leiloados e o valor revertido para ressarcir as vítimas.
Investigação continua
A polícia também pediu o bloqueio das contas dos envolvidos e já iniciou uma nova frente de investigação para identificar outras possíveis vítimas no Distrito Federal e em estados vizinhos. Muitos dos bens estavam registrados em nomes de terceiros, numa tentativa de dificultar o rastreamento.
O caso segue sob apuração da 11ª DP do Núcleo Bandeirante, que alerta: a quadrilha agia com frieza e método, explorando principalmente pessoas idosas e vulneráveis, com discursos bem ensaiados e aparência inofensiva.
Credito: Metrópoles
Fotos: Arte/Metrópoles