AgroBrasília apresenta aos produtores arroz e feijão adaptados ao Cerrado

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A AgroBrasília reúne produtores, expositores, empreendedores e consumidores de todo o Brasil para conhecer as novidades do mundo agro. A 16° edição do evento começa na próxima terça-feira (16/05) e promete entregar muita inovação ao público. O evento tem entrada gratuita e acontece no Parque Ivaldo Cenci, no Paranoá. 

A Embrapa estará presente no evento apresentando novos tipos de de arroz e feijão, pesquisados e desenvolvidos para atender pequenos produtores com preços reduzidos, maior qualidade dos grãos e maior produtividade. O Correio foi à AgroBrasília conhecer esses novos tipos de produtos tão presentes no prato dos brasilienses e dos brasileiros. 

O arroz de terras consiste em uma espécie adaptada ao sistema de irrigação de pivô central, utilizado para irrigar grandes áreas de forma uniforme. O pesquisador fitotécnico da Embrapa Arroz, Mabio Lacerda, explicou as características desse novo tipo de plantação. “Esse arroz possui tolerância à doenças, resistência a quedas das hastes, e não perde a qualidade dos grãos”, citou.

Além disso, ele afirmou que pela tecnologia implementada na produção, o arroz do DF consegue se equiparar à produção do Rio Grande do Sul. “Na tragédia do ano passado, fomos acionados para tentar substituir essa produção que foi atingida. Com essas características, conseguimos descentralizar a produção”, afirmou.

A Embrapa também trabalhou em dois novos tipos de feijão: o grão rosinha e o grão carioca. Assim como o arroz, a pesquisa realizada para esses tipos de leguminosas também prezam pela conservação e melhor taxa de produção dos grãos. Leonardo Melo, pesquisador da Embrapa Feijão, contou que, devido às características adquiridas, possuem alto valor agregado. “Com o feijão convencional, o produtor colhe e tem que vender o mais rápido possível, independente da situação do mercado. Com essa pesquisa que desenvolvemos, o produtor pode esperar até seis meses antes de começar a escurecer os grãos”, assegurou. 

Para o secretário de agricultura do Distrito Federal, Rafael Borges, avalia que o produtor do Distrito Federal é muito sedento por tecnologia. “Como o produtor de Brasília não tem a possibilidade de ampliar o espaço de produção, tecnologias que os ajudem a produzir mais são muito importantes”, complementou. 

Ele também comentou sobre os projetos com pequenos e médios produtores, garantindo mais investimento para essa cadeia de produção. “Esse ano o governo do Distrito Federal está muito focado na agro industrialização que é a agregação de valor nos produtos produzidos por esses pequenos produtores, seja na questão dos ovos, caipiras, seja na questão do queijo e até mesmo no vinho, que é uma cadeia muito importante para o Distrito Federal”.

 * Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado 

Por Luiz Fellipe Alves do Correio Braziliense

Foto: Ed Alves CB/DA Press / Reprodução Correio Braziliense

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