A República dos Condenados pretende retomar o poder no Distrito Federal em 2026.

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  A velha guarda da corrupção brasiliense tenta ressuscitar. Liderada pelo ex-senador Gim Argello e pelo ex-governador José Roberto Arruda, …

 

A velha guarda da corrupção brasiliense tenta ressuscitar. Liderada pelo ex-senador Gim Argello e pelo ex-governador José Roberto Arruda, ambos presos e condenados por corrupção, a chamada “República dos Condenados” se articula para disputar as eleições de 2026 como se nada tivesse acontecido.

O grupo é completado por Agnelo Queiroz, condenado por improbidade no superfaturamento de R$ 1,4 bilhão do Estádio Mané Garrincha, e pelo ex-deputado Júnior Brunelli, protagonista da infame “Oração da Propina”, quando agradeceu o dinheiro sujo recebido de um esquema de corrupção “como bênção para a cidade”.

Gim Argello, batizado por empreiteiros com o codinome “Alcoólico” — em referência à bebida destilada “gim” — foi condenado em 2016 a 19 anos de prisão por receber R$ 7,35 milhões em propinas de empreiteiras como UTC e OAS para blindar executivos na CPI da Petrobras. Cumpriu três anos, teve a pena anulada pelo STJ em 2022 e recuperou a elegibilidade em 2024. Agora, o “Gato de Botas” da política do DF planeja sua volta às urnas.

Arruda, cassado e preso em 2010 no caso do Mensalão do DEM (Caixa de Pandora), onde apareceu em vídeo recebendo uma sacola de dinheiro, também tenta voltar à cena eleitoral com o velho discurso de “gestão e obras”.

É o retorno da velha política travestida de novidade.

É a nostalgia da corrupção disfarçada de experiência.

Resta saber se o eleitor do Distrito Federal tem memória curta o bastante para permitir que os mesmos nomes que mancharam a história política da capital voltem a ocupar o poder.

Políticos envolvidos em escândalos articulam retorno nas eleições de 2026

Texto:

Brasília – Políticos que protagonizaram alguns dos maiores escândalos do Distrito Federal estão se articulando para disputar as eleições de 2026. Entre eles estão o ex-senador Gim Argello, o ex-governador José Roberto Arruda, o ex-governador Agnelo Queiroz e o ex-deputado distrital Júnior Brunelli.

O grupo, apelidado por críticos de “República dos Condenados”, tenta reconstruir a imagem e voltar à disputa eleitoral após anos de investigações, condenações e prisões.

Gim Argello, preso em 2016 durante a Operação Lava Jato, foi condenado a 19 anos por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber R$ 7,35 milhões em propinas de empreiteiras como UTC e OAS. Ele cumpriu três anos de pena até que, em 2022, o STJ anulou a sentença. Em 2024, o TRE-DF arquivou o processo, tornando-o novamente elegível.

José Roberto Arruda, cassado e preso em 2010 no caso conhecido como “Mensalão do DEM” (ou Caixa de Pandora), também ensaia um retorno. O episódio, que envolveu o desvio de cerca de R$ 50 milhões, ficou marcado por vídeos que mostravam o então governador recebendo dinheiro de esquema de propina.

Agnelo Queiroz (PT), por sua vez, foi condenado por improbidade administrativa no superfaturamento do Estádio Mané Garrincha, orçado em R$ 1,4 bilhão, e tenta se viabilizar como candidato a deputado federal. Já Júnior Brunelli, conhecido pela “Oração da Propina” de 2009, busca espaço para disputar novamente uma vaga na Câmara Legislativa.

As articulações indicam um cenário eleitoral que poderá testar a memória e a sensibilidade do eleitorado do DF diante de nomes ligados a episódios que marcaram negativamente a política local

Da redação do Portal de Notícias

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