Guará ganha primeiro Zebrinha elétrico do DF para reforçar linhas internas da cidade

Leila Soares, que dirige coletivos: “Faz mais de oito anos que eu sou motorista, e a sensação de receber ônibus elétricos é de que terei muito mais conforto”

“A demanda por transporte público tem crescido, e os números da pré-pandemia já foram recuperados, com Brasília sendo a primeira capital a atingir esse patamar”, afirmou. “Monitoramos constantemente a demanda, pois a mobilidade é essencial. O aumento da frota e a redução do tempo de viagem proporcionam uma melhor qualidade de vida, liberando tempo para os cidadãos. Além dos ônibus, os investimentos em eixos, faixas exclusivas e o BRT Norte — em desenvolvimento —, e a conexão com o BRT Oeste, no Setor Policial-Militar, são obras que contribuem para a melhoria da mobilidade.”

Para quem depende do transporte todos os dias, a novidade foi recebida com entusiasmo — caso da aposentada Maria José do Nascimento, de 61 anos: “Eu acho uma maravilha para a gente, porque dependemos deles para ir a algum lugar. Com esses novos, vai ser ótimo, porque não vamos precisar esperar tanto para outro passar”.

Já a motorista Leila Soares, 42, enfatizou que o veículos novos são sinônimo de mais qualidade no ambiente de trabalho. “Faz mais de oito anos que eu sou motorista, e a sensação de receber ônibus elétricos é de que terei muito mais conforto”, pontuou. “Vai me ajudar no dia a dia, e vai beneficiar muito também os passageiros, que vão se sentir melhor no trajeto.”

Mobilidade em expansão

“Com os novos veículos, espera-se um aumento de 10% na capacidade, e mais devem ser entregues até o final do ano”Zeno Gonçalves, secretário de Transporte e Mobilidade

O GDF também prepara novas ações para ampliar e modernizar a rede de transporte coletivo. A Semob já lançou o edital para a expansão do BRT Sul em Santa Maria e vai licitar a construção da estação da Estrutural. Além disso, até 2026, serão instalados três mil novos abrigos de ônibus, com investimento de R$ 108 milhões, anunciou Zeno Gonçalves.

“Atualmente, 66 veículos operam as linhas dos Zebrinhas, transportando 15 mil usuários por dia”, contabilizou o gestor. “Com os novos veículos, espera-se um aumento de 10% na capacidade, e mais devem ser entregues até o final do ano. Mas este é o primeiro Zebrinha elétrico, representando uma experiência inicial. A intenção é estender essa iniciativa a outras empresas, visando à transição para veículos elétricos.”

Benefício ambiental

Atualmente, o DF conta com seis veículos elétricos, dois dos quais começaram a circular em 2019 e quatro em 2020 nas linhas que fazem o percurso entre a Esplanada dos Ministérios e a Rodoviária do Plano Piloto e o Setor de Autarquias.

A iniciativa deste GDF de substituir um ônibus a diesel por um similar elétrico evita a emissão de 63,7 toneladas de CO₂ por ano — o mesmo que um parque com 4.247 árvores conseguiria absorver no mesmo período.

Novas linhas do zebrinha no Guará

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