Dólar fecha a R$ 5,68, menor valor em pouco mais de 3 meses

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Dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,41%, cotado a R$ 5,6893, menor valor desde 7 novembro de 2024 (R$ 5,6753)

O dólar recuou na sessão desta terça-feira (18) e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,70, apesar do sinal predominante de alta da moeda americana no exterior. Após oscilar entre máxima a R$ 5,7244 e mínima a R$ 5,6758, o dólar à vista terminou o pregão em baixa de 0,41%, cotado a R$ 5,6893 — menor valor desde 7 novembro de 2024 (R$ 5,6753). O real teve o segundo melhor desempenho entre as principais divisas globais, atrás apenas do peso colombiano.

Além da valorização de commodities e da rolagem de US$ 3 bilhões em linhas pelo Banco Central, operadores afirmam que o real pode ter se beneficiado de eventual entrada de capital externo para renda fixa no leilão parrudo de NTN-B realizado pelo Tesouro.

Outro ponto mencionado por operadores foram as informações sobre a primeira emissão externa de bonds do Tesouro em 2025. Foram vendidos US$ 2,5 bilhões em títulos, de uma demanda de cerca de US$ 6,5 bilhões. Empresas privadas estariam prontas para acessar o mercado externo, como no caso da Raízen, que pode levantar entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões.

Pela manhã, o Banco Central vendeu oferta total de US$ 3 bilhões em leilão de linha com compromisso de recompra, com o objetivo de rolar linha com vencimento para 6 de março. O BC fixou como data de recompra dessa operação 2 de outubro deste ano.

Lá fora, o índice DXY — termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes — operou em alta firme e voltou a superar a linha dos 107,000 pontos, com máxima aos 107,123 pontos. O dólar também subiu em relação a maioria de divisas fortes e emergentes, embora tenha recuado na comparação ao peso mexicano e ao colombiano, dois pares do real.

As taxas dos Treasuries subiram em dia de dados fortes da economia americana e de declarações de dirigentes do Federal Reserve mostrando preocupação com o risco inflacionário que pode ser provocado pela imposição de tarifas de importação por Donald Trump.

Crédito: ECONOMIA|Do Estadão Conteúdo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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